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Moraes tem um plano para que eleições aconteçam sem turbulências; Saiba qual

Alexandre de Moraes com expressão "pensativa" e dedo próximo à boca
Alexandre de Moraes – Reprodução/Jornal de Brasília

O ministro Alexandre de Moraes, que na próxima terça-feira (16) assume o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tem um plano para conduzir as eleições de outubro com o menor nível de turbulência possível. Considerado o maior desafeto público de Jair Bolsonaro (PL), ele decidiu que, se nada de gravíssimo acontecer nos próximos meses, não tomará nenhum tipo de medida mais drástica, como buscas ou apreensão de documentos.

Mesmo com um arsenal de investigações que ameaçam o atual chefe do governo e seu entorno, como os inquéritos das fake news, do financiamento das milícias digitais e o que apura influências indevidas na Polícia Federal, de acordo com informações divulgadas pela Veja, Moraes não quer tumultuar o processo eleitoral. Isso diminuiria a principal preocupação de Bolsonaro: ter decretada a qualquer momento sua prisão ou a de um dos filhos, investigados por divulgação de notícias fraudulentas, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e, em especial, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que pelo cargo que ocupa não tem imunidade parlamentar contra ordens de detenção.

Para o futuro presidente do TSE, se não surgirem casos muito bem embasados com necessidade de prisão preventiva, qualquer diligência mais dura contra alvos dos inquéritos que conduz, principalmente o que apura a propagação e financiamento de fake news, só ocorrerá depois do dia 30 de outubro.

Ações de adversários com pedidos de impugnação da candidatura ou de cassação do diploma do eleito, comuns em eleições, também estão no radar de Moraes. O magistrado tem a convicção de que recursos como o que questionou o disparo ilegal de mensagens em massa na disputa de 2018 só produzirão consequências concretas se ficar comprovado claramente que a ilegalidade partiu da campanha ou de personagens acessórios a ela, e que teve repercussão na escolha do eleitor.

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