Morgan Freeman volta a criticar Mês da História Negra e termo ‘afro-americano’: “Um insulto”
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O ator Morgan Freeman, vencedor do Oscar e parte de mais de 100 filmes, definiu como “insulto” o fato do Mês da História Negra, celebrado em fevereiro no Estados Unidos, ocupar apenas 30 dias do calendário e classificou o termo “afro-americano” como um xingamento. As declarações foram dadas em entrevista ao jornal britânico The Sunday Times.
Em 2005, Freeman declarou que “o único jeito de acabar com o racismo é não falar sobre ele”. Questionado sobre a fala, ele disse que “o Mês da História Negra é um insulto. Você vai relegar a minha história a um mês? Também considero ‘afro-americano’ um xingamento. Não sou adepto a este título”.
“Pessoas negras tiveram diferentes títulos desde a palavra que começa com ‘N’ (calúnia racial mais grave da língua inglesa) e não sei como essas coisas ganham tanta popularidade, mas todos dizem ‘afro-americano’. O que isso significa? A maioria dos negros nessa parte do mundo são miscigenados. Além disso, falam ‘África’ como se fosse um país, e não um continente como a Europa”, declarou o ator.
Na entrevista, Freeman atribuiu seu sucesso à coragem e sorte, mas também a mudanças no cenário de Hollywood. Segundo o ator, foi a chegada de Sidney Poitier às telas que deu a ideia a jovens como ele de que poderiam atuar. Antes disso, “se um negro estivesse em um filme, ele era engraçado”, disse.
Em relação a Hollywood, ele afirmou que atualmente “LGBTQ, asiáticos, negros, brancos, casamentos e relacionamentos inter-raciais. Estão todos representados. Você agora vê todos eles na tela e isso é um salto enorme.”