Moro critica processo do TCU e diz que vai declarar valor de salários no imposto de renda

Sérgio Moro, ex-ministro do governo Bolsonaro, chamou de “disparate” um processo do Tribunal de Contas da União (TCU) que é contrário à jurisdição da Corte sobre contratos entre entes privados sem o envolvimento de dinheiro público.

O processo foi feito pelo ministro Bruno Dantas e o procurador Lucas Furtado. Dantas quer trazer à tona os valores dos salários do ex-juiz da Lava Jato na empresa Alvarez & Marsal, sediada em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Moro trabalhou na consultoria, que auxiliou nos processos de recuperação fiscal de empresas investigadas pela Lava Jato, depois que saiu do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Alvarez e Marsal é uma empresa renomada”, diz Moro. Em entrevista, Moro disse que o seu trabalho era auxiliar os clientes em políticas anticorrupção. Ele ainda disse que fazia na empresa a mesma função de quando era juiz, “fazia a coisa certa”.

Moro ainda disse que vai declarar tudo o que recebeu da empresa no imposto de renda.

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Documetos revelam que empresa onde Moro trabalhou recebeu dinheiro de investigados da Lava Jato

Documentos, que estavam em segredo até a última sexta-feira (23), revelaram que a consultoria onde Moro trabalhou recebeu cerca de R$ 42 milhões de investigados da Lava Jato em honorários.

Os valores eram da Alvares & Marsal, que recebia R$ 1 milhão por mês da Odebrecht e da Atvos (antiga Odebrecht Agroindustrial); R$ 150 mil da Galvão Engenharia; R$ 115 mil do Estaleiro Enseada (que tem como sócias Odebrecht, OAS e UTC); e R$ 97 mil da OAS.

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