Moro tenta se afastar do bolsonarismo e diz que foi sabotado no Ministério

Segundo o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e atual pré-candidato à presidência pelo Podemos, Sérgio Moro afirmou ter sofrido sabotagem quando trabalhava pro governo. Segundo ele, a saída do governo se deu para não ser “cúmplice de coisa errada”. A declaração foi dada em uma entrevista à rádio Capital FM, de Mato Grosso.
Moro, que saiu do governo em abril de 2020, declarou que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal para obter informações sigilosas, o que ele nega ter feito. De acordo com ele, “Logo após que eu havia entrado, eu não tive mais o apoio do presidente da República, e, a partir de determinado momento, eu passei a sofrer até sabotagem”. Segundo as declarações, o ex-ministro decidiu abandonar o cargo para não virar “cúmplice de coisa errada”.
Moro também criticou o ex-presidente Lula. Para o juiz, houve um “desmantelamento do combate à corrupção no Brasil” e que “O presidente Lula está aí solto porque houve enfraquecimento do combate à corrupção, e essa responsabilidade é do atual presidente Bolsonaro”.
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Moro sai em defesa de Álvaro Dias
Ainda durante a entrevista, Moro saiu em defesa do seu aliado Álvaro Dias (Podemos-PR), que foi candidato à presidência em 2018. Ele recebeu doações do doleiro Alberto Youssef, que foi investigado na Lava Jato, na década de 90. “Eu nem conhecia o senador. Ninguém sabia quem era Alberto Youssef na época”, declarou.
A doação para o senador foi no valor de R$ 21 mil (R$ 88 mil em valores atualizados) e foi feita através de empresas do doleiro. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, que mostrou que o senador ajudou a financiar uma das campanhas eleitorais de Dias, em 1998, na época em que estava no PSDB. As informações são do jornal O Estado de São Paulo e Uol Notícias.
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