Apoie o DCM

Moro tem que passar do discurso à prática contra o nazi-fascismo, diz colunista

Ministro Sérgio Moro, Justiça e Segurança Pública. Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da coluna de Chico Alves no UOL:

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, foi ao Twitter no domingo 12 pedir para que seja mantido “o esforço brasileiro contra o nazi-fascismo” em homenagem ao sacrifício dos combatentes que foram à Segunda Guerra Mundial.

O alerta foi feito por ocasião da morte de um coronel que integrou a Força Expedicionária Brasileira. Nesses tempos em que ideologias esdrúxulas renascem das tumbas, a mensagem de Moro é oportuna. Por coerência, no entanto, o ministro não deveria se limitar aos tuítes. É preciso fazer o dever de casa.(…)

Surgiu agora um outro caso em que Moro pode honrar na prática os combatentes brasileiros da Segunda Guerra que exaltou no Twitter. Em vídeo que está causando muita repercussão nas redes sociais, Roberto Alvim, secretário de Cultura do governo Bolsonaro, define como parâmetro para o seu trabalho conceitos de Joseph Goebells, ideológo da propaganda nazista de Hitler: “A arte brasileira da próxima década será heróica e será nacional (…) ou então não será nada”. Tudo com trilha sonora de Richard Wagner, o compositor preferido de Hitler.

A não ser que Moro acredite que o caso de Alvim é psiquiátrico (e então não deveria exercer cargo no governo) essa é uma excelente oportunidade para mostrar que a postagem para manter “o esforço brasileiro contra o nazi-fascismo”não é apenas balela para ganhar likes. Afinal, a apologia ao nazismo é considerada crime no Brasil.

(…)