Morre, aos 100 anos, Clara Charf militante histórica e viúva de Marighella

A militante de esquerda Clara Charf morreu aos 100 anos nesta segunda-feira (3). Ligada às lutas sociais desde a juventude, ela participou de movimentos contra a repressão durante a ditadura militar e integrou organizações como o Partido Comunista Brasileiro e a Ação Libertadora Nacional. Sua trajetória inclui articulações políticas em defesa da democracia e dos direitos civis em diferentes fases da história do país.
Clara foi casada com Carlos Marighella, líder guerrilheiro morto em 1969 durante operação da polícia política. Após o assassinato do companheiro, a militante permaneceu ativa em iniciativas pela memória de perseguidos pelo regime e atuou em defesa de políticas de reparação. Nos anos seguintes, aproximou-se da construção partidária de esquerda no país.
Ao longo das últimas décadas, Clara filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e participou de campanhas, eventos e mobilizações. Organizações, movimentos sociais e apoiadores lamentaram a morte da militante, destacando sua presença em atividades políticas e encontros públicos, nos quais era convidada com frequência.
		