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Morre DJ Andre Pomba, ícone da noite gay em SP

DJ Andre Pomba. (Foto: Reprodução)

Morreu na manhã deste sábado o DJ Andre Pomba, conhecido por tocar na cena underground e gay de São Paulo. Ele enfrentava um câncer no estômago. A morte foi confirmada por um amigo do artista que acompanhou o tratamento.

O produtor tinha 59 anos e ficou famoso por comandar sets na casa noturna A Lôca, em São Paulo, onde começou a tocar em 1998. Ele também criou a festa Grind, que mistura rock e pop dos anos 1990 e 1980.

O câncer que ele enfrentava estava num estágio avançado e de difícil recuperação. Amigos e familiares criaram uma vaquinha virtual para arrecadar dinheiro para o tratamento. Ele se alimentava por sonda há alguns meses e precisava de um cuidador em tempo integral, além de financiar adaptações na própria casa.

Pomba compartilhou o processo de tratamento nas redes sociais. Em fevereiro, chegou a publicar uma foto sua no Instagram falando sobre o Dia Mundial de Combate ao Câncer.

O DJ morreu no hospital Sancta Maggiore, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. Parte do tratamento também ocorreu no núcleo de oncologia da Prevent Senior, na Vila Mariana, na região sul da capital paulista.

Pomba foi pioneiro ao criar uma das primeiras festas de rock para pessoas LGBTQIA+ em São Paulo. Segundo Lufe Steffen, autor do livro “Tragam os Cavalos Dançantes”, sobre a história da boate A Lôca, a Grind era um dos poucos espaços em que gays podiam se beijar ao som de músicas.

O DJ também era jornalista e ativista. Foi coordenador de fomento da Secretária da Cultura do Estado de São Paulo por dois anos, entre 2017 e 2019, além de ter atuado em um conselho LGBTQIA+ da cidade.

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