Mortes podem ter passado de 400 mil sem subnotificação

Do Valor:
“Essa diferença de quase 100 mil para as mortes por SRAG é basicamente covid-19”, afirma Leonardo Bastos, estatístico da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e colaborador do Observatório, uma rede de pesquisadores de várias instituições que estudam a doença.
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A reportagem ainda indica que a diferença entre o número do Observatório e o dado oficial divulgado hoje, de 300,6 mil mortes, ocorre porque os pesquisadores aplicam ao modelo chamado nowcasting, que ajusta o atraso nas notificações. “Tomamos como base a data do óbito. As mortes desta semana só vão entrar no sistema daqui a dez dias. O modelo antecipa, prevê quanto seria esse número hoje. Quando se olha a data do evento, se entende melhor a dinâmica da doença”, afirma Bastos.