Motim de PMs no Ceará aumenta tensão entre governadores
Da Coluna Painel de Camila Mattoso na Folha de S.Paulo.
O motim de militares no Ceará nesta quarta (19), quando o senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado, aumentou a tensão entre governadores país afora. Há demandas de reajustes salariais em pelo menos outros sete estados. A atitude de Romeu Zema (Novo-MG), de dar aumento de 41,7% para policiais, mesmo com as contas quebradas, repercutiu mal entre colegas, que agora dizem estar mais pressionados. Para governadores, há ainda um agravante: as corporações têm se sentido mais fortes do que nunca sob Jair Bolsonaro.
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A presença de aliados das forças de segurança no Congresso dão força a mobilizações, dizem governadores.
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O presidente da Associação Nacional de Entidades Representativas de Policiais Militares e Bombeiros Militares, sargento Leonel Lucas, diz que a situação está mais complicada em três estados. “Estamos temerosos com Ceará, Paraíba e Espírito Santo”, diz. Segundo Lucas, a entidade representa 80% dos 480 mil PMs do país.
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Há também demandas em Mato Grosso do Sul, Bahia, Santa Catarina, Pernambuco e Alagoas –nos dois últimos ainda restritas a policiais civis, que ameaçam parar durante o Carnaval.
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