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Mounjaro, racha e demissões geram crise no departamento médico do São Paulo

Oscar, do São Paulo, recebe atendimento em campo. Foto: Reprodução

A crise do departamento médico do São Paulo em 2025 ganhou um novo capítulo com divergências internas sobre o uso de canetas emagrecedoras, como o Mounjaro, em atletas do elenco profissional. As discussões sobre o tema fazem parte de um ambiente fragmentado, marcado por disputas técnicas e políticas, em uma temporada que registrou 49 ausências de jogadores por problemas físicos, segundo dados do próprio clube.

Segundo o UOL, a prescrição do medicamento foi feita pelo nutrólogo Eduardo Rauen sem o conhecimento de parte da equipe fixa do departamento médico. O caso gerou desconforto interno, especialmente porque o remédio era importado e indicado junto a um fornecedor específico. Atletas relataram efeitos como enjoo e fraqueza, enquanto membros do antigo DM associaram o método ao aumento de lesões.

A diretoria, porém, respaldou o trabalho de Rauen e o tratou como parte da solução. Em resposta à crise, o clube promoveu uma série de demissões de profissionais com anos de casa e decidiu ampliar a autonomia do nutrólogo, cuja metodologia foca aspectos metabólicos, nutrição e composição corporal. Para o superintendente Márcio Carlomagno, “o ano de 2025 serve como exemplo de como não devemos trabalhar”, citando a falta de alinhamento como um dos principais problemas.

Nos bastidores, dirigentes admitem que o São Paulo conviveu com diferentes visões médicas que não dialogavam entre si, criando um cenário descrito internamente como “insustentável”. A reformulação mira 2026 com promessa de maior integração entre áreas, após anos de trocas, conselhos desfeitos e parcerias frustradas.