Mourão nega que Forças Armadas possam intervir nas eleições: ‘Nem é papel militar’

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Em meio aos ataques de Jair Bolsonaro (PL) e de apoiadores do governo às urnas eletrônicas, além das investidas dos militares a mando do presidente, o vice presidente general Hamilton Mourão disse não ser papel das Forças Armadas interferir no processo eleitoral. As falas foram feitas na última terça-feira (12).
Na conversa, ele apontou que parte da imprensa quer que aconteça no Brasil o que aconteceu em 06 de janeiro nos Estados Unidos, quando manifestantes pró-Trump invadiram o Capitólio.
“A palavra está dada pelo ministro da Defesa e pelo comandante das Forças (Armadas) que ninguém vai interferir em nada de processo eleitoral. Nem é papel militar. O que existe hoje é um ‘metaverso’ que vem sendo criado, por parcela da imprensa, querendo que aconteça a eleição aqui no Brasil da mesma forma que aconteceu nos Estados Unidos”, declarou ele.
A fala de Mourão aconteceu após a declaração do presidente do TSE, Edson Fachin, durante um evento em Washington, no começo de julho, em que apontou que no Brasil pode haver a possibilidade de um episódio “ainda mais agravado” do que a invasão do Capitólio.
Isso porque eleitores do presidente possuem características reacionárias. No ultimo domingo, um líder do PT foi morto a tiros pelo apoiador de Bolsonaro, José Jorge da Rocha.
Mourão também negou haver alguma tensão no Exército em relação às eleições, e citou que a função dos militares é combater possíveis “badernas”
“Por que o grupo militar estaria tenso? O grupo militar só será usado… Qual é uma das funções das Forças Armadas? Garantir a lei e a ordem, se houver uma baderna generalizada no país, independente de quem forem os baderneiros e o sistema policial não der conta disso”, completou.