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Mourão, que chamou postura de bolsominions “meio boçal”, diz que Brasil herdou “indolência” do índio

Do Congresso em Foco. Ele disse também que a postura dos fãs de Bolsonaro é “meio boçal”.

Escolhido candidato a vice na chapa do deputado Jair Bolsonaro (PSL), o general Mourão (PRTB) declarou nesta segunda-feira (6) que o “caldinho cultural” do Brasil inclui a “indolência” dos povos indígenas e a “malandragem” dos negros africanos. De cunho racista, a declaração (escute no áudio abaixo) foi feita por Mourão, militar da reserva, em um evento na Câmara de Indústria e Comércio de Caxias do Sul (Serra Gaúcha) – no que foi seu primeiro evento público já como candidato, informa o site da revista Veja, que divulgou a fala em primeira mão.

Na ocasião, Mourão falava sobre o subdesenvolvimento e o panorama de conflitos da América Latina – “condomínio de países periféricos”, na opinião do general. Quando fez referência à “malandragem” dos africanos, diz o texto de Paula Sperb, apressou-se em se desculpar com o vereador Edson da Rosa (MDB), que é negro e compunha a mesa de autoridades.

“E o nosso Brasil? Já citei nosso porte estratégico. Mas tem uma dificuldade para transformar isso em poder. Ainda existe o famoso ‘complexo de vira-lata’ aqui no nosso país, infelizmente. Nós temos que superar isso. Está aí essa crise política, econômica e psicossocial. Temos uma herança cultural, uma herança em que tem muita gente que gosta do privilégio. Mas existe uma tendência do camarada querer aquele privilégio para ele. Não pode ser assim. Essa herança do privilégio é uma herança ibérica. Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena. Eu sou indígena. Meu pai é amazonense. E a malandragem, Edson Rosa, nada contra, mas a malandragem é oriunda do africano. Então, esse é o nosso cadinho cultural. Infelizmente gostamos de mártires, líderes populistas e dos macunaímas”, declarou o general.

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General Mourão. Foto: Reprodução/YouTube