MPF arquiva procedimento patético contra Roger Waters

O Ministério Público Federal (MPF) arquivou um procedimento contra Roger Waters que pedia que o artista fosse proibido de vir ao Brasil e realizar shows. O documento ainda pedia que ele fosse escoltado por policiais se ele se apresentasse no Brasil. A informação é da coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.
As medidas cautelares foram solicitadas após o ex-membro da banda Pink Floyd usar uniforme supostamente nazista durante show em Frankfurt, na Alemanha. Na ocasião, ele explicou que o figurino era usado em suas performances em clara demonstração de oposição ao fascismo.
Para os procuradores Jaime Mitropoulos, Julio José Araujo Junior e Aline Caixeta, os pedidos são desproporcionais. “A forma escolhida para realizar a crítica aos regimes autoritários, à extrema-direita e ao Estado de Israel pode ser considerada chocante e de mau gosto, mas expressa o pensamento político do cantor na apresentação”, justificam no arquivamento.
Eles ainda dizem que as manifestações do artista “estão protegidas pelo direito à liberdade de expressão”. “As medidas cautelares requeridas pelos noticiantes são desproporcionais para o caso concreto, entendemos não subsistir motivos que justifiquem o prosseguimento”, completam.