Apoie o DCM

MPF encerra investigações de assédio sexual cometidas pelo ex-presidente da Caixa

O ex-gestor da Caixa Econômica Federal, o economista bolsonarista Pedro Guimarães
Foto: Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) finalizou as investigações sobre as denúncias de assédio sexual e moral na Caixa Federal, praticados pelo ex-presidente do banco, o bolsonarista Pedro Guimarães. O processo corre sob sigilo e não se sabe qual será a condenação do ex-gestor.

Há mais de seis meses, quando foram divulgadas as denúncias feitas pelas colaboradores do banco, o ex-gestor e outros executivos do banco acusados de praticar os assédios não sofreram nenhum tipo de condenações na Justiça. O ex-presidente da Caixa era um dos integrantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mais próximos do ex-capitão.

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) acompanha as articulações do caso e solicita uma punição severa aos autores. Em setembro, de 2022, a Fenae aceitou ser auxiliar na ação do Ministério do Trabalho (MPT) que pede a condenação de Guimarães e da empresa.

“Não vamos deixar passar sem que sejam punidos todos os evolvidos neste escândalo que, infelizmente, manchou a história da Caixa”, disse o presidente da Federação, Sergio Takemoto.

A ação do MPT solicitou a condenação de Guimarães e o pagamento de R$ 30,5 milhões pelos danos causados às mulheres. A decisão também solicitou que a Caixa Federal pague R$ 305 milhões pela omissão nas investigações. Durante a gestão de Guimarães, a média de denúncias de assédio recebidas pela Caixa subiu para 343, sendo um aumento de 425% em relação ao último ano.

A diretora da Fenae e Conselheira de Administração do banco, Rita Serrano, escolhida para presidir a Caixa pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conversou com a Federação sobre a crise do banco após as denúncias e avisou que o assédio na Caixa ficará no passado.

“É um escândalo vergonhoso para a história da Caixa”, informou. “Mas a era de assédio vai acabar. Nós vamos humanizar as relações de trabalho”, encerrou.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link