O juiz Sergio Moro poderia ser impedido de julgar o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran não fosse o Ministério Público, que, estranhamente, ocultou uma resposta da Receita Federal que investigou o acusado.
Há dois anos, pelo menos, a força tarefa da Lava-Jato em Curitiba sabe que o escritório de advocacia Zucolotto, do qual Rosângela Moro, esposa do juiz, foi sócia, era correspondente na cidade paranaense do escritório de Duran. Essa informação consta na resposta enviada pela Receita Federal ocultada dos autos pelo Ministério Público.
Caso este documento constasse nos autos, o impedimento de Moro poderia ser questionado.
Duran foi acusado de lavagem de dinheiro e de formação de organização criminosa pelo Ministério Público Federal. Chegou a ser detido na Espanha, mas libertado pouco depois. Por obter dupla cidadania, está no país basco desde então. Livre e tecendo duras críticas à Lava-Jato.
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