MPF pede suspensão imediata do CNU de 2025 por falhas em cotas raciais

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Justiça do Distrito Federal a suspensão imediata do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) de 2025, alegando irregularidades graves no novo edital publicado na última segunda-feira (30). Segundo o órgão, o documento não corrigiu falhas estruturais que comprometem a aplicação efetiva das cotas raciais, descumprindo o que determina a legislação vigente. Com informações da Folha de S.Paulo.
Um dos principais pontos questionados pelo MPF é o mecanismo de sorteio de vagas para a aplicação proporcional das cotas raciais nos casos em que o número de oportunidades ofertadas for inferior ao mínimo legal. De acordo com a representação, o edital não apresenta critérios objetivos para a realização desse sorteio e tampouco define instrumentos de controle externo que assegurem a transparência e a isonomia do processo.
A ação do MPF destaca que essas omissões podem prejudicar candidatos negros e pardos, além de comprometer a credibilidade do concurso, que visa preencher milhares de vagas em órgãos federais. O Ministério também reforça que a ausência de regras claras pode abrir brechas para fraudes e injustiças na distribuição das vagas destinadas às políticas afirmativas. Em resposta, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou que ainda não foi notificado pela Justiça sobre a ação movida pelo MPF.