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MPT-PA exige que empresário que daria R$ 200 por voto a Bolsonaro assine acordo e peça desculpas

Empresário Maurício Lopes Fernandes Júnior. Foto: Reprodução

Após ter sido filmado coagindo seus funcionários a votarem no presidente Jair Bolsonaro (PL) em troca de R$200  caso Bolsonaro vença as eleições, o dono da empresa Cerâmica Modelo assinou um acordo com o Ministério Público do Trabalho, nesta sexta-feira (7). O empresário foi indiciado pela Polícia Federal por crime eleitoral e multado pela Auditoria Fiscal do Trabalho.

Como parte do termo de ajuste de conduta, o empresário Maurício Lopes Fernandes Júnior foi obrigado a gravar um novo vídeo pedindo desculpas aos funcionários: “Vim aqui, primeiramente, pedir desculpa a vocês, que são funcionários da minha empresa”, começou o empresário.

“Ocorreu um erro e eu quero falar para vocês o seguinte: estou aqui me retratando. Se vocês deixarem de trabalhar para mim hoje e forem trabalhar para outro empresário, se o empresário fizer o que eu fiz, denuncie.”

“Vá ao Ministério Público. Não deixem cometer o mesmo erro que eu cometi. Simplesmente eu fiz uma grande burrice. Isso não vai prejudicar só a mim, mas vocês também. Porque o voto de vocês é livre”, finaliza Fernandes Júnior.

Fernandes Júnior também deverá pagar uma indenização de R$ 2 mil para cada um dos funcionários, assinar a carteira de trabalho daqueles que não têm registro, e fornecer equipamentos de proteção individual, além de desembolsar R$ 150 mil por dano moral coletivo.

Conforme publicado pela Folha de S.Paulo, R$ 50 mil serão usados para custear uma campanha de conscientização nas principais emissoras de rádio do Pará direcionada aos empresários do estado. O valor restante, R$ 100 mil, será direcionado a projetos sociais a serem indicados pelo MPT.

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