MST recebe prêmio de Justiça Social da ONU por atuação em defesa dos trabalhadores no Brasil

Brasília – Trabalhadores sem terra, que participam do 6º Congresso Nacional do MST, fazem manifestação em favor da reforma agrária, na Esplanada dos Ministérios (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

DCM recebeu a seguinte nota:

O MST foi um dos cinco escolhidos entre centenas de organizações e indivíduos do Sul Global, que lutam por justiça social, para o prêmio Esther Busser Memorial Prize. A premiação será realizada virtualmente, no dia 22 de outubro, às 8h.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT), idealizadora do prêmio, é uma agência multilateral da Organização das Nações Unidas (ONU) sediada em Genebra e tem com foco trabalhar na regulação do trabalho, especialmente no cumprimento das normas (convenções e recomendações) internacionais.

O nome da prêmio é uma homenagem a Esther Busser, defensora incansável dos direitos dos trabalhadores, com destaque para a sua atuação como pesquisadora e diretora adjunta da Confederação Sindical Internacional (ITUC) por uma década.

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Reconhecimento

O MST é reconhecido por ser um organização política que tem atuado na garantia de condições dignas de vida e de trabalho para o povo brasileiro, através da história de centenas de milhares de trabalhadores rurais, que dedicam as vidas na luta pela Reforma Agrária e pela democracia no país.

Fundado em 1984, o Movimento, no contexto da redemocratização do Brasil, tornou-se um símbolo nacional da luta pelo acesso à terra e atualmente possui cerca de 350 mil famílias assentadas em 24 estados federativos. Entre suas maiores contribuições à sociedade estão a produção de alimentos saudáveis em defesa da soberania alimentar, a preservação do meio ambiente e a luta intransigente dos direitos humanos e da universalização do acesso à educação e à saúde públicas de qualidade.

Apenas nesta pandemia, o MST, como símbolo de solidariedade com à classe trabalhadora, já doou mais de 5 mil toneladas de alimentos e cerca de 1 milhão de marmitas. A partir do Plano Nacional “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis” já plantou mais de 1 milhão de árvores em todo país e, no último mês, construiu mais de 100 viveiros da Reforma Agrária Popular, com o objetivo de impulsionar a produção de mudas e plantio de arvores.

MST ocupou sede do agronegócio em protesto

Na semana passada, o MST ocupou sede do agronegócio em Brasília (DF). O imóvel é da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja). A manifestação é da Via Campesina e se dá como “ação simbólica” contra a fome.

Além do DF, foram alvos de atos outras regiões do país. Houve protestos em Recife (PE), Vitória (ES), Porto Velho (RO) e Florianópolis (SC). Eram cerca de 200 militantes, segundo o movimento.

“A ação denunciou o protagonismo que o Agronegócio cumpre no crescimento da fome no Brasil. Neste ano, o Agronegócio, com a produção de soja, milho e cana-de-açúcar, principalmente, está batendo recordes de exportações e lucros”, diz o MST em nota.

A ocupação também tem como alvo o presidente Jair Bolsonaro. Segundo o movimento, ele “é culpado pela miséria e pela fome dos brasileiros e brasileiras”. A ação faz parte da “Jornada Nacional da Soberania Alimentar”, que tem o objetivo de denunciar o agronegócio no país.

MST escrachou Paulo Guedes em frente ao Ministério da Economia após Pandora Papers

O DCM recebeu a informação que os manifestantes fizeram uma encenação teatral que denunciou o ministro. Eles cantaram: “Gritou o Paulo Guedes, falando baboseira. E a elite brasileira lucrando sem pudor. Tira o dinheiro e bota no estrangeiro e a fome vai causando muita dor. Tá tudo caro!”. Na lateral do prédio do ministério, houve uma intervenção com frases carinhosas para o ministro. “Guedes no paraíso e o povo no inferno” e “Guedes lucra com a fome”.

“O Brasil tem hoje cerca de 20 milhões de pessoas que passam fome. São mais de 14 milhões de brasileiros e brasileiras sem emprego. Uma realidade dura que atormenta as famílias diariamente enquanto o ministro da economia lucra milhões de dólares com investimentos em paraísos fiscais no exterior”, afirma a integrante da coordenação nacional do MST pela juventude, Jailma Lopes.

 

Davi Nogueira

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