Mulher de baleado no Jacarezinho diz que ele se entregou e foi executado mesmo assim

De Cristina Boeckel no G1 Rio.
A mulher de um dos mortos no Jacarezinho disse que, ao ser localizado pela polícia, o marido, Rômulo Oliveira Lúcio, chegou a se entregar, mas ainda assim foi executado.
LEIA – “Genocídio”: Movimento Negro Unificado divulga nota de repúdio à chacina na favela do Jacarezinho
“Os policiais entraram dentro da casa e ele se rendeu. Ele [o policial] falou ‘perdeu’. Ele já tinha se perdido. Só se rendeu. (…) Eles pegaram ele vivo e ele foi executado a facadas”.
LEIA MAIS – Constantino encontra um culpado para defender o massacre em Jacarezinho: Lula
Thaynara Paes, de 22 anos, e outros familiares dos mortos, estão no Instituto Médico Legal na manhã desta sexta-feira (7) para fazer a identificação dos corpos.
A mulher de Rômulo conta que ele tinha 29 anos e estava na condicional. Mas, segundo a polícia, Rômulo e mais dois mortos na operação foram denunciados pelo Ministério Público e eram procurados por tráfico de drogas.
Além de Rômulo, Isaac Pinheiro de Oliveira e Richard Gabriel da Silva Ferreira também eram procurados (…).
Um perito Ministério Público do Rio (MPRJ) acompanha a perícia no IML. O órgão faz uma investigação independente sobre o caso.
A operação policial no Jacarezinho deixou 25 mortos, incluindo um policial civil. De acordo com a polícia, os outros 24 eram criminosos. Moradores relataram excessos e execuções, mas a polícia nega.
Segundo a direção do Souza Aguiar, dos 20 corpos que chegaram ao hospital, 13 ainda estão na unidade.
(…)