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Mulheres continuam discriminadas no mercado de trabalho: estudam mais, mas em geral ocupam cargos menos produtivos

Mulheres no mercado de trabalho (Melanie Stetson Freeman/The Christian Science Monitor/Getty Images)

Do Globo:

Mulheres discriminadas no mercado de trabalho percebem a falta de equidade salarial e são levadas a procurar outras vagas, muitas vezes em postos menos produtivos, que rendem menos para a economia local. Ou simplesmente param de trabalhar.

O cenário acirra a desigualdade salarial entre homens e mulheres, que no Brasil chega a 26%, prejudica as mulheres, as empresas e a própria economia do país, diz a pesquisadora Regina Carla Madalozzo, professora associada do Insper, em São Paulo.

— Mulheres são mais da metade da população brasileira, estudam mais, mas a discriminação faz com que, muitas vezes, trabalhem em cargos menos produtivos ou até deixem de trabalhar. Imagine uma diferença média salarial de 26% durante toda uma vida, inclusive quando nos aposentamos com salário mais baixo. É grave — afirmou a pesquisadora durante o “Fórum WEPs 2019: um chamado à ação pela transformação social”, realizado em São Paulo pela ONU Mulheres, em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a União Europeia.

No evento, a pesquisadora destacou que diferença salarial em funções diferentes não é um problema. Mas, quando se trata da mesma vaga, vira discriminação:  Se a mulher leva mais tempo para ser promovida do que um homem, isso é discriminação. Se ela tem que estudar mais tempo para ganhar o mesmo salário, é discriminação. Não é simplesmente uma diferença salarial — afirmou.

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