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Mulheres e irmãs de detentos no Maranhão são obrigadas a fazer sexo com líderes de facções, diz juiz

Mulheres e irmãs de detentos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), estariam sendo obrigadas a manter relações sexuais com líderes de facções criminosas, segundo o juiz auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Douglas Martins.

Ele esteve na sexta-feira, 20, no presídio, um dia após o registro da 58.ª morte do ano de um detento em Pedrinhas.

A informação sobre estupros de parentes de presos constará de relatório que será entregue brevemente ao Supremo Tribunal Federal.

Após a visita, o juiz cobrou providências do governo do Maranhão.

Na semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já havia encaminhado um ofício à governadora Roseana Sarney pedindo informações atualizadas sobre a situação do sistema carcerário no estado.

Eventualmente, ele poderá propor que seja decretada intervenção federal no Maranhão. Pouco tempo antes, cinco presos haviam sido mortos durante uma briga – três deles foram decapitados.

Conforme informações divulgadas nesta segunda-feira pelo Conselho Nacional de Justiça, em Pedrinhas não há espaço adequado para visitas íntimas, que acabam ocorrendo no meio dos pavilhões, já que as grades das celas foram depredadas.

O governo do Maranhão já decretou situação de emergência no sistema carcerário e pediu apoio da Força Nacional de Segurança.

Saiba Mais: Exame