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Mulheres turbinam protestos com dois dias de greve na América Latina

Argentinas seguram lenços verdes em manifestação pela descriminalização do aborto no país; conservadoras também irão às ruas contra a legalização neste ano – Ronaldo Schemidt-19.fev.20/AFP

De Sylvia Colombo na Folha de S.Paulo.

O entrelaçamento entre a agenda de direitos civis e a política sempre foi grande nas manifestações do Dia da Mulher na América Latina.

Em 2020, promete ser ainda maior, uma vez que a situação segue tensa após um turbulento 2019 e que diversas das bandeiras defendidas por mulheres têm ligação direta com presidentes da região.

Além de marchas e manifestações, a celebração deste ano será acompanhada de uma greve, algo que já havia sido incorporado aos atos nos anos anteriores.

A diferença é que, como o Dia da Mulher de 2020 é num domingo, e não se pode fazer greve no domingo, ela será realizada no dia seguinte.

É por isso que a maioria das convocatórias está sendo feita com as hashtags #8M e #9M, ou seja, 8 e 9 de março.

“Não há como voltar atrás, e o efeito contágio é evidente”, diz a escritora e ativista argentina Ingrid Beck, 50. “Cada país tem pautas específicas, mas, no geral, pedimos o mesmo: fim da violência contra a mulher, autonomia de nossos direitos reprodutivos, equidade salarial e social.”

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