Apoie o DCM

Munguzá conquista espaço além das festas juninas com sabor e tradição

Mugunzá, também conhecido como canjica doce. Foto: Reprodução/Guia da Semana

O munguzá, também conhecido como canjica doce em algumas regiões do Brasil, vem ganhando espaço como sobremesa presente o ano inteiro, não apenas nas festas juninas. Típico da culinária nordestina, o prato é feito com milho branco cozido, leite, açúcar e especiarias como canela e cravo. Seu preparo simples e sabor reconfortante tornaram o munguzá uma iguaria afetiva que atravessa gerações e fronteiras regionais.

Embora tradicionalmente associado ao São João, o munguzá passou a figurar em cardápios de restaurantes nordestinos ao longo de todo o ano. Isso se deve tanto à valorização da culinária regional quanto ao aumento do interesse por doces de raiz caseira. Em estados do Sudeste e do Centro-Oeste, ele também é preparado com adaptações, como a adição de leite condensado ou coco ralado, tornando-se uma opção versátil e personalizável.

Além do sabor marcante, o munguzá tem apelo nutricional. O milho é rico em fibras, vitaminas do complexo B e antioxidantes, enquanto o leite e o coco complementam com proteínas e gorduras saudáveis. Em versões veganas, é possível substituir o leite tradicional por leites vegetais, ampliando o alcance da receita entre pessoas com restrições alimentares ou adeptas de dietas específicas.

Em muitos lares, o preparo do munguzá ainda mantém um caráter ritualístico. Ele é feito em grandes panelas e servido em reuniões familiares, encontros religiosos e comemorações locais. Esse aspecto comunitário contribui para que a sobremesa seja associada a momentos de partilha e memória afetiva, reforçando seu valor simbólico na cultura popular brasileira.