Apoie o DCM

Museu do Holocausto denuncia assessor de Bolsonaro e ação de “grupos neonazistas”

Nacionalista branco carrega uma bandeira nazista durante um protesto em Charlottesville, Va., 12 de agosto de 2017

Nesta quarta-feira (24), o Museu do Holocausto foi às redes sociais para se mostrar estarrecido por não haver uma semana sem que tenha que denunciar atos nazistas.

LEIA TAMBÉM: Alencar Santana anuncia que assessor de Bolsonaro vai responder por apologia ao nazismo.

“É estarrecedor que não haja uma semana que o Museu do Holocausto de Curitiba não tenha que denunciar, reprovar ou repudiar um discurso antissemita, um símbolo nazista ou ato supremacista. No Brasil, em pleno 2021. São atos que ultrapassam qualquer limite de liberdade de expressão”, escreveu.

A publicação aconteceu pelo ato mais recente que aconteceu nesta quarta-feira (24) durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, à qual o chanceler Ernesto Araújo compareceu como convidado, em que o assessor internacional do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Filipe Martins, fez um gesto supremacista branco com às mãos.

“Estupefatos, tomamos notícia do gesto do assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República durante sessão no Senado Federal. Semelhante ao sinal conhecido como OK, mas com 3 dedos retos em forma de “W”, o gesto transformou-se em um símbolo de ódio”, escreveu o Museu, que continuou:

“Importante destacar que grupos supremacistas e neonazistas têm ideias em grande medida coincidentes e frequentemente se mesclam. Pesquisas acadêmicas, como da antropóloga Adriana Dias, mostram crescimento no número de células neonazistas e no engajamento de integrantes no Brasil”.

Por fim, o museu diz que “consciente da missão de construir uma memória dos crimes nazistas que alerte a humanidade dos perigos de tais ideias, reforça que a apologia a este tipo de símbolo é gravíssima. Nossa democracia não pode admitir tais manifestações”.

Confira abaixo: