Musk vendeu US$ 7,5 bilhões em ações da Tesla com informações privilegiadas, diz acionista

O bilionário Elon Musk está sendo acusado de ter vendido mais de US$ 7,5 bilhões (R$ 39,3 bilhões) em ações da Tesla em 2022 com base em informações privilegiadas sobre problemas de produção e entrega da montadora de carros elétricos. A alegação foi feita por Michael Perry, acionista da empresa, em uma ação judicial nos Estados Unidos, alegando que Musk tinha conhecimento interno de que a empresa não cumpriria as metas do quarto trimestre quando vendeu as ações por um valor mais alto do que seria precificado posteriormente.
Segundo o processo aberto no Tribunal da Chancelaria de Delaware, Perry argumenta que Musk utilizou essas informações para vender parte de sua participação na Tesla e obter recursos para sua oferta de aquisição do Twitter, antes de mudar o nome da plataforma para X, violando seus deveres fiduciários para com a empresa e seus acionistas.
O acionista solicita que a juíza Kathaleen St. J. McCormick, que já obrigou Musk a honrar sua oferta de compra do Twitter, exija que Musk devolva à Tesla o lucro supostamente impróprio obtido com a venda das ações. Ele também acusa os diretores da Tesla de cumplicidade.
A ação descreve que, no início de 2022, Musk afirmou que a Tesla desfrutava de “excelente demanda” e que esperava vender o máximo de carros naquele ano. No entanto, em novembro de 2022, Musk foi informado de que a Tesla não atingiria as metas para o último trimestre do ano.