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Mutação em proteína da covid deixou o vírus 8 vezes mais infeccioso

coronavirus sars-cov-2 covid-19 (Foto: NIH/NIAID)

Da Revista Galileu.

Segundo uma pesquisa publicada no último dia 11 de fevereiro na revista eLife, uma das diversas variantes do novo coronavírus o tornou até oito vezes mais infeccioso em células humanas do que o vírus que inicialmente se disseminou na China.

Estamos falando da D614G, mais conhecida como “variante G”, que surgiu provavelmente no início de 2020 e agora é a cepa mais prevalente e dominante do Sars-CoV-2 nos Estados Unidos e em muitos países. Com múltiplas mutações circulando, os pesquisadores têm trabalhado para entender o significado funcional dessas variantes e se elas mudam significativamente o quão infeccioso ou mortal é o vírus.

“Nos meses desde que conduzimos este estudo inicialmente, a importância da mutação D614G cresceu: ela atingiu uma prevalência quase universal e está incluída em todas as variantes atuais”, diz, em nota, Neville Sanjana, professor assistente Universidade de Nova York. “Confirmar que a mutação leva a mais transmissibilidade pode ajudar a explicar, em parte, por que o vírus se espalhou tão rapidamente no ano passado.”

Além de oito vezes mais transmissível, os cientistas também descobriram que a mutação da proteína spike tornou o vírus mais resistente a ser clivado ou dividido por outras proteínas. Isso fornece um possível mecanismo para o aumento da capacidade da variante de infectar células.

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