Apoie o DCM

Na noite da execução de Marielle, Padilha brindava no Copacabana Palace estreia de “O mecanismo”, diz cineasta negra

O diretor José Padilha (Jaimie Trueblood/Netflix)

Da Folha:

(…)

José Padilha, é o diretor da narrativa que romantizou e naturalizou nas telas de cinema a violência policial na franquia “Tropa de Elite 1 e 2”. Já em “O Mecanismo”,  série produzida para a Netflix, Padilha viria a exaltar a figura do juiz Sergio Moro, da operação “Lava Jato”, e que, após a eleição de Jair Bolsonaro, se tornaria o grande defensor das milícias (a mesma que, tudo leva a crer, tem envolvimento direto no crime que ceifou precocemente a vida da vereadora).

Na noite da execução de Marielle, Padilha e convidados brindavam, por entre os salões do Copacabana Palace, a estreia da primeira temporada de “O mecanismo” na Netflix.

Dito isso, a notícia desse combo de protagonismo branco à frente do projeto já seria escandalosa o suficiente para gerar uma infinidade de protestos e debates fora e dentro da web, mas a entrevista que Antônia concedeu ao portal UOL, publicada na tarde desse domingo último, para justificar suas escolhas (apesar da enxurrada de criticas em suas redes sociais) me impede de exercer sororidade para com a roteirista.

(…)