Namorado, policial “sugar daddy” e mais três: os indiciados pela morte de estudante trans

A Polícia Civil de São Paulo indiciou cinco pessoas pelo assassinato da estudante trans Carmen de Oliveira Alves, 26 anos, da Unesp, ocorrido em junho. Entre os indiciados estão o namorado da vítima, Marcos Yuri Amorim, e o PM da reserva Roberto Carlos de Oliveira, que responderão por feminicídio, ocultação de cadáver e outros crimes.
Marcos Yuri confessou o crime, alegando que Carmen morreu durante uma discussão em sua casa. Ele afirmou que a vítima o ameaçou com uma faca e, ao empurrá-la, ela bateu a cabeça e ficou inconsciente. Yuri então ligou para Roberto Carlos, que o ajudou a matar a jovem e ocultar o corpo, que ainda não foi encontrado.
Meses antes do crime, Carmen havia alertado uma amiga sobre as ameaças do namorado. Em áudios de março, ela disse: “Acho que ele pode fazer isso [me matar], tá? Ele tem arma, falou que vai me matar e me jogar no rio, que ninguém vai me achar”. Dois acusados estão presos; os outros três responderão em liberdade.
O caso foi encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se aceita as denúncias ou solicita novas investigações. O feminicídio ocorreu quando Carmen foi à casa do namorado após deixar o campus da Unesp em Ilha Solteira.
