Não bastassem as Forças Armadas, PMs também se sentem à vontade para discutir crise política e golpe
Do UOL

Imagem: Caio Rocha /Fotoarena/Folhapress
A crise causada por Jair Bolsonaro com as Forças Armadas repercutiu nas polícias militares brasileiras e aumentou a “inquietude e politização” nos batalhões. Outros dois episódios apoiados por bolsonaristas —o caso de um soldado da PM baiana e a defesa pelo PSL de projeto de lei que amplia controle do governo federal sobre as polícias— também miraram nesta semana a base policial.
No entanto, a avaliação de coronéis policiais militares da reserva e da ativa das PMs de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Alagoas e Bahia é de que vozes que sustentam a insurgência policial contra governadores em apoio ao presidente da República não encontram eco nas tropas. Apesar do apoio de PMs a Bolsonaro, os oficiais não veem risco de um golpe contra governadores.
Na opinião dos PMs ouvidos pelo UOL, as demissões dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica foram recebidas com “surpresa” e “preocupação”.
“Uma renúncia coletiva com certeza é um ato de desagravo ao comandante supremo das forças. Mas, com certeza: isso [tentativa de golpe de PMs contra governadores] é devaneio e teoria da conspiração”, disse o coronel Elias Miler, presidente da Defenda PM, associação de oficiais da Polícia Militar paulista. (…)