“Não é correto afirmar que enganei colegas”, diz Rubinho Nunes sobre CPI contra padre Júlio

Mesmo com uma grande repercussão negativa, o vereador Rubinho Nunes (União) acredita que a CPI que investiga as ONGs, com foco no Padre Júlio Lancelotti, será aprovada. Ele também se mostrou surpreso com o tamanho a repercussão que o caso ganhou nas mídias.
“Não imaginava que um pedido de CPI para investigar ONGs na Cracolândia tomaria uma proporção nacional como essa”, contou. “É necessário obter 28 votos (no plenário). Uma prática constante minha é contar votos na Câmara. Apesar de não contar com o apoio do PT, PSOL, PSB e de alguns colegas isolados, ainda mantenho uma boa expectativa (quanto à aprovação da CPI)”.
Segundo Rubinho, a intensa oposição à proposta de uma CPI para investigar ONGs que atuam no centro de São Paulo é resultado de uma “campanha de perseguição” contra ele e os demais parlamentares que assinaram o requerimento. Rubinho alega que a finalidade da comissão, destinada a apurar a atuação dos órgãos, “foi deturpada pela narrativa de Lancellotti”, que teria se posicionado como o principal alvo da proposta.
Rubinho também se defendeu das acusações de que teria enganado outros colegas para conquistar a assinatura deles sem revelar que o padre seria alvo da CPI.
“Primeiramente, respeito a posição de todos os vereadores que retiraram o apoio. Entendo que a pressão realizada pela militância ligada ao Lancellotti, a cortina de fumaça que ele criou, assuste alguns colegas, especialmente em ano eleitoral, pois começaram a realizar um ataque às bases, inclusive aos doadores de campanha deles. Porém, não é correto afirmar que enganei ou que ludibriei qualquer colega. No momento da coleta de assinaturas, sempre deixei muito claro o objetivo da CPI e que o padre poderia ser investigado.”, afirmou.