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“Não errei”: Peninha fala pela primeira vez após “celebrar” morte de Charlie Kirk

O escritor Eduardo Bueno e o extremista Charlie Kirk. Foto: Reprodução

O escritor Eduardo Bueno, conhecido como Peninha, afirmou que se arrepende da forma, mas não do conteúdo de suas declarações sobre a morte do extremista estadunidense Charlie Kirk. “Não errei em dizer que o mundo fica melhor sem o Charlie Kirk”, afirmou Bueno em entrevista ao Estadão, acrescentando que recebeu apoio velado de “mentes brilhantes” do setor cultural.

As polêmicas declarações, feitas em um vídeo de 12 de setembro posteriormente excluído, geraram consequências imediatas. Bueno teve duas palestras canceladas: uma na Livraria da Travessa em Porto Alegre e outra na PUCRS. A universidade emitiu nota reforçando “seu compromisso com a liberdade de expressão, mas repudiando qualquer manifestação contrária à vida e à dignidade humana”.

O podcast “Nós na História”, do qual Bueno participava há três anos, foi encerrado pelos organizadores. Paralelamente, ele foi afastado do Conselho Editorial do Senado Federal. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre, declarou publicamente: “Eu quero pedir desculpas ao Brasil, porque, no dia e na hora em que esse vídeo chegou ao meu conhecimento, era para eu ter demitido esse rapaz”.

Em meio à polêmica, veio à tona um contrato de R$ 3,2 milhões entre a Caixa Econômica Federal e a empresa de Bueno para um projeto comemorativo dos 165 anos do banco. A instituição afirmou que a contratação ocorreu por inexigibilidade de licitação, pois o escritor detém os direitos autorais da obra base, e que o contrato segue em andamento.