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“Não estou aqui para trabalhar muito”, diz novo coordenador da Operação Greenfield que quer encerrar investigações

Do Globo:

Operação Greenfield. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O novo coordenador da Operação Greenfield, o procurador Celso Tres, nomeado recentemente pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para comandar o caso, enviou um ofício para a PGR com uma proposta que na prática encerraria a Greenfield dentro do Ministerio Público Federal. Em seu ofício, Celso Três se recusa a dar prosseguimento às investigações em andamento, sugere sejam apenas celebrados acordos com os alvos investigados para encerrar os processos e que tudo seja enviado à Polícia Federal para que a PF concentre os trabalhos.

O procurador ainda sugere que não deve ser ele o responsável por apresentar ações na Justiça sobre os crimes e desvios nos fundos de pensão, mas sim os próprios fundos de pensão. No ofício de 14 páginas, Celso Tres afirma que não quer “trabalhar muito”, pede compensações financeiras por ter assumido o caso e faz críticas à Lava-Jato. “Decididamente, não estou aqui para trabalhar muito. Já o fiz na ‘gringolândia'(roça, região italiana do RS) e, chegado a Porto Alegre a bordo do êxodo rural, servido por apetitoso ‘x-mico’(pão e banana) no correr de largo tempo. Ou seja, trabalhei pela sobrevivência, não porque achasse bom. Hoje, quero é jogar futebol”, escreveu.

Procuradores do MPF veem no ofício de Celso Tres uma proposta direta para acabar com a operação.

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