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“Não há ditadura sanitária”: negacionistas portugueses protestam usando camiseta com erro gramatical

O negacionismo e a burrice são uma marca da extrema-direita, aqui e lá fora

No último domingo, negacionistas foram às ruas de Portugal protestar contra as medidas de combate ao coronavírus.

Em imagem divulgada no Twitter, participantes vestiam camisetas dizendo “Não há ditadura sanitária”, com símbolos antivacina e antimáscara.

Tratando-se claramente de um erro gramatical, a frase correta – pelo menos segundo as regras do português – deveria ser “não à ditadura sanitária”.

Ironicamente, ao inverter o sentido da frase negacionista, os manifestantes promoveram a ideia de que, de fato, não existe nenhuma ditadura sanitária, e sim medidas seguras no combate a pandemia.

O que os negacionistas chamam de “ditadura sanitária”, na verdade são recomendações da OMS cientificamente comprovadas e utilizadas em países que conseguiram com eficiência reduzir o número de mortos e de contaminados.

O negacionismo científico e os ataques às recomendações de saúde fazem parte do discurso da extrema direita.

Não apenas em Portugal, mas aqui no Brasil também.

Desde o início da pandemia, Jair Bolsonaro vem propagando teorias conspiracionistas e defendendo a utilização de medicamentos ineficazes no tratamento da covid-19 como parte da sua política de saúde pública.

Bolsonaro também tem criticado governadores que utilizaram e utilizam medidas restritivas, que no mundo todo têm se mostrado eficazes, reduzindo o número de contaminados e de mortos.

Como era de se esperar, os manifestantes não usavam máscaras e não respeitavam o distanciamento social.