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“Não quero o enforcamento dos Bolsonaros, só os quero longe do Estado”, diz J. P. Cuenca após virar alvo de evangélicos

Da Coluna de Mônica Bergamo na Folha:

J. P. Cuenca

(…) Pastores evangélicos de cidades em 21 estados brasileiros estão processando Cuenca. Eles se dizem ofendidos por uma postagem que o escritor fez em uma rede social em junho. A defesa do autor já contabiliza 134 ações judiciais que somam quase R$ 2,3 milhões em pedidos de indenizações.

“O brasileiro só será livre quando o último Bolsonaro for enforcado nas tripas do último pastor da Igreja Universal”, dizia o texto publicado pelo carioca. A mensagem foi baseada na frase de Jean Meslier, autor do século 18, cuja versão original afirma que “o homem só será livre quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre”.

(…) Dois dias depois do post, o autor foi demitido da Deutsche Welle (DW) no Brasil, veículo público alemão de comunicação no qual ele era colunista desde 2019. A empresa emitiu nota alegando que a mensagem publicada pelo escritor contraria os seus valores.

“Considero isso o primeiro absurdo, o fato de essa campanha difamatória ter acontecido e a DW ter subscrito”, diz Cuenca. “Dizer que eu estou clamando pelo enforcamento dos Bolsonaros, a sátira não tem esse sentido. Não estou clamando pelo enforcamento de ninguém. Só acho que esses indivíduos têm que estar longe do Estado, de Brasília”.

(…)