“Sou atacado por não ser Lula nem Bolsonaro”, diz Porchat

A jornalista Daniela Pinheiro entrevistou o humorista Fábio Porchat em seu blog no site Tab, do portal UOL. Na conversa, o artista falou sobre as eleições de 2022.
“Sempre achei o Bolsonaro uma escória, mas também sou muito crítico ao PT. Eu falo: ‘Gente, não podemos ficar cegos sobre a corrupção que houve, o mensalão, os tesoureiros do PT que foram presos’.
E a resposta é sempre: ‘Ah, mas é tudo mentira da imprensa, o PT fez um monte de coisas boas, etc’.” Ele adquiriu um tom teatral e falou mais alto do que o normal:
“E aí, menina, eu tô no limbo! Ninguém sabe me classificar! Eu não sou Lula e não sou Bolsonaro. Eu sou o quê então, não é?”. Em algum momento, um jornal publicou que ele apoiava Sergio Moro. “E foi logo quando eu já declarei meu voto no Ciro Gomes para parar com qualquer especulação”.
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Porchat critica um determinado discurso nas eleições
Também o incomoda uma certa superioridade moral, um discurso de “não pode isso, não pode aquilo”, muito presente ultimamente.
Deu o exemplo retórico de uma piada com uma criança morta. “Aí, na hora já vem um apontar o dedo e dizer: ‘Não pode fazer piada com isso!’
E eu digo: Pode sim! É horrível? É. É de mau gosto? É. Eu faria? Não. Mas po-de!”, disse, reforçando a separação de sílabas. “A gente tem que ter muito cuidado com esse ‘não pode’. Não pode se for proibido pela Constituição. Se for crime, não pode. O resto po-de!”.
Quem desiste primeiro?
— DCM ONLINE (@DCM_online) February 25, 2022