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Natalia Pasternak elenca “os cinco negacionismos” que causaram 300 mil mortes

Bolsonaro não consegue nem colocar uma máscara

Na coluna Hora da Ciência deste sábado (27) no Globo, Natalia Pasternak afirmou que “a triste marca de 300 mil vidas perdidas para a Covid-19 no Brasil deve-se principalmente ao negacionismo do governo federal”.

A a microbiologista diz que há “cinco negacionismos” que marcaram a pandemia no país. Leia trechos:

(…) Primeiro, a negação da gravidade da pandemia. É só uma gripezinha, não é tudo isso que “eles” dizem. Todo mundo tem que morrer um dia. Em seguida, o governo nega a necessidade de medidas preventivas. Máscara é frescura, lockdown arruinará a economia. Depois, vem a negação da ciência, e das evidências científicas que contradizem as curas milagrosas propostas pelo Ministério da Saúde.

O quarto negacionismo é talvez o mais inesperado: a negação das vacinas, desqualificando algumas, diminuindo a necessidade de adquirir outras na quantidade adequada, plantando dúvidas sobre a real necessidade das vacinas como estratégia de saúde pública. E finalmente, o quinto negacionismo: negar a humanidade dos brasileiros, seu direito ao luto, a chorar seus mortos com dignidade e respeito. Parem de mimimi!

Para ter a real medida da responsabilidade do Planalto, é preciso distinguir entre informação errada, desinformação e negacionismo. Informação errada é quando o GPS erra o o caminho do mercado. Desinformação é a informação mentirosa, fabricada para enganar: um hacker adultera o seu GPS. O negacionismo é um projeto, que utiliza a desinformação como arma. Não depende da falta de informação adequada, e sim da recusa em aceitar fatos estabelecidos, consensos, evidências científicas e históricas. (…)