Necropsia constata mais de 30 lesões em corpo de belga morto no Rio, diz jornal

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Segundo laudo do IML (Instituto Médico Legal) obtido pelo jornal O Globo, o corpo do belga Walter Henri Maximillen Biot, de 52 anos, encontrado morto em uma varanda em Ipanema, na zona Sul do Rio de Janeiro, tem mais de 30 lesões espalhadas por várias partes. O cônsul alemão Uwe Herbert Hahn foi preso temporariamente na noite de ontem por suspeita de homicídio. Biot e Hahn eram casados havia 20 anos.
A Polícia Civil afirmou ontem que a versão apresentada pelo cônsul de que o marido havia passado mal e batido ontem a cabeça após um tropeço está na contramão do que indicam as conclusões do laudo pericial. Segundo a polícia, foram encontrados vestígios de sangue em vários lugares do apartamento onde o corpo de Biot foi encontrado.
De acordo com os exames feitos pelo IML, o corpo de Biot tem lesões como equimoses (manchas roxas), escoriações e outros tipos de ferimentos, espalhados por regiões como braços, pernas, tronco e cabeça. Apenas no rosto, o laudo aponta que o belga apresenta quatro ferimentos, um deles no lábio inferior. Na região do tronco, são ao menos menos seis lesões. Ainda há mais dez ferimentos na região dos braços e das mãos. Nos braços e mãos, mais de dez. Nas pernas, os peritos encontraram seis ferimentos, que foram encontrados também no ânus.
O caso foi encaminhado à delegacia do Leblon e inicialmente investigado como morte por mal súbito. A polícia afirmou também que está ouvindo testemunhas e realizando outras diligências para esclarecer o caso.
Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli foram até a cobertura do casal na tarde de ontem, onde constataram que uma empregada limpou as marcas de sangue nos móveis e no chão no apartamento.
