Negando pedido de Zambelli, Moraes mantém bloqueio dos perfis da deputada na web

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A deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) teve o pedido para desbloquear suas redes sociais negado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.
O magistrado manteve bloqueadas as contas de Zambelli no Youtube, Facebook, Instagram, Twitter, Telegram, Tiktok e LinkedIn, que estão suspensas desde o dia 1º de novembro. Moraes determinou também que o Ministério Público Eleitoral adote providências sobre a insistência da parlamentar em divulgar, sem provas, fraude no processo eleitoral, além de questionar o resultado das urnas e incentivar atos golpistas.
Foi apontado pelo ministro que, mesmo com as redes suspensas, Zambelli continuou a divulgar fake news e mensagens incentivando o “rompimento da ordem constitucional e do Estado de Direito”. Em vídeo divulgado semana passada, Zambelli pediu para que “os generais de quatro estrelas” tomem medidas em relação ao resultado das urnas, que tornou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) presidente eleito, e sugeriu um golpe de Estado.
Moraes enviou o caso para o inquérito das fake news que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e fixou multa de R$ 20 mil, caso a deputada volte a divulgar mensagens golpistas.
“A requerente pretende a reativação de suas contas nas redes sociais e, logo em seguida, fez vídeo com nítido interesse na ruptura do Estado Democrático de Direito, ao pleitear que os generais de quatro estrelas tomem medidas para fazer valer a incidência do art. 142 da Constituição Federal, sob o argumento de que o processo eleitoral foi fraudado. Vê-se, assim, que, mesmo sem as redes sociais, a requerente insiste em incentivar atos antidemocráticos em apologia ao crime contra à Democracia e utiliza-se, ainda, de seguidores para disseminar informação falsa”, escreveu Moraes.
“Não há como ser deferida a pretensão de reativação das redes sociais da requerente porque a finalidade dela é de desestabilizar as instituições e pugnar por ato criminoso”, acrescentou.