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Negros ainda sofrem racismo estrutural, institucional e interpessoal no Brasil, diz ONU

 

Um grupo de cinco especialistas da ONU afirmou que os negros no Brasil ainda estão sofrendo com racismo.

A declaração é do Grupo de Trabalho sobre Afrodescendentes da organização, que encerrou uma visita oficial de 10 dias ao país nesta sexta-feira.

Eles se reuniram com representantes de governos e da sociedade civil no Recife, em Salvador, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.

As peritas Mireille Fanon-Mendes-France e Maya Sahli falaram a jornalistas, na sede do Centro de Informação da ONUno Rio de Janeiro.

Mireille Fanon-Mendes-France lembrou a precária situação das prisões e a situação dos presidiários negros. Ela citou a falta de oportunidades para a população negra nas áreas da educação e de trabalho.

Mas elas reconheceram o trabalho que o país tem feito, especialmente nos últimos 10 anos, para gerar mais inclusão .

As especialistas disseram ainda que o Brasil faz uma autocrítica da situação de desvantagem dos afrodescendentes e tem buscado formas através de cotas raciais e outras iniciativas para levar mais chances aos negros.

A equipe da ONU destacou o Estatuto da Igualdade Racial, de 2010, como um passo positivo. As peritas disseram que a sociedade civil é consciente sobre os desafios da área, ainda que haja um longo caminho a percorrer.

O grupo lembrou que as pessoas com ascendência africana formam mais da metade da população brasileira, mas que permanecem subrepresentadas ou invisíveis na maioria das estruturas de poder, nos meios de comunicação e no setor privado.

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