Neoliberalismo não: manifestantes querem presença do Estado, diz estudo
Da coluna de Mônica Bergamo:
A conclusão é de pesquisa coordenada pelos professores Esther Solano, da Unifesp, e Pablo Ortellado, da USP, e pela pesquisadora Lucia Nader, da Open Society. “O movimento não consegue agregar pessoas e grupos sociais com pautas diferentes”, diz Esther. Dos 390 entrevistados, 57% são homens, 64% têm ensino superior e 73% se declaram brancos. Para ela, o protesto é “socialmente excludente” e a periferia não se identifica com ele.
Outra constatação: os participantes não têm um perfil tão neoliberal quanto os líderes que convocam os atos. “O público quer a presença do Estado e que ele forneça serviços básicos”, afirma Esther. Para 89% das pessoas, o Estado deve prover serviços de saúde para todos os brasileiros. E 72% concordam que ofereça transporte coletivo.