Neonazista admite que incitou crime contra jornalista: ‘Merecia ser estuprada e morta’

Membro de um grupo neonazista no WhatsApp, Edmar Alteff Xavier, de 25 anos, admitiu ter feito apologia ao crime contra uma jornalista nas redes sociais. Ele foi identificado pela Polícia Civil de Minas Gerais.
De acordo com depoimento prestado por Alteff na Delegacia de Uberlândia, em 25 de fevereiro, ele confirmou a autoria da mensagem. O investigado confirmou ter escrito que a jornalista – que pediu anonimato – “merecia ser estuprada para sentir o gosto quando um homem no presídio é violentado quando é falsamente acusado”.
O que motivou o ataque foi um comentário da vítima sobre a investigação na qual o jogador Neymar constava como suspeito de estupro. Alteff passou a enviar mensagens privadas para a jornalista após a postagem.
“Seu lixo imundo”, escreveu. “Mulher que nem tu que deveria ser jogada aos presos para ser estuprada e morta. Verme”, disse o neonazista em uma das mensagens.
Alteff declarou, no depoimento, que segue a ideologia MGTOW (men going their own way, que significa “homens seguindo seu próprio caminho”, em tradução livre). Seus adeptos defendem que os homens abram mão de ter relacionamentos com mulheres e sustentam que há “privilégio feminino” na sociedade.
