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Netanyahu fez ameaça velada ao Líbano horas antes da explosão em Beirute

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e sua esposa Sara falam a apoiadores na sede da campanha do partido Likud, na cidade de Tel Aviv — Foto: Gil Cohen-Magen / AFP Photo

A explosão em Beirute, no Líbano, ainda tem muitos pontos de interrogação e nenhuma hipótese deve ser descartada neste momento.

Uma sucessão de tuítes do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, até horas antes da explosão é apresentado como indício de que não foi acidente, mas o resultado de uma ação de guerra não declarada — muito embora muitos considerem que Israel está em guerra com o Líbano desde 1948.

Em que pese o armistício de 1949, o Líbano sofre invasões e ameaças publicas do Conselho de Ministros Israelenses. As ultimas foram no dia anterior e no próprio dia da explosão.

Escreveu Netanyahu:

“Ontem, agimos na Faixa de Gaza em relação a disparos renegados e certamente a questão com o Líbano ainda está no ar. Vamos atingir a quem tentar nos atacar e esse princípio se aplica a qualquer um que nos atacar.”

Disse mais:

“Quando a questão é segurança, não descansamos nem por um momento. As IDF (Forças Armadas Israelenses) frustraram uma tentativa de plantar explosivos na frente Síria.”

Ainda afirmou:

“Atingimos uma célula e agora atingimos os expedidores . Faremos o que for necessário para nos defender. Sugiro a todos, inclusive ao Hezbollah, que considerem isso.”

Depois da explosão, que Donald Trump considerou ataque, Netanyahu ofereceu ajuda humanitária ao Líbano.