New York Times: Bolsonaro é o “líder populista mais próximo do fascismo”

Um artigo publicado nesta terça, dia 21, no New York Times, assinado por Federico Finchelstein, afirma que Jair Bolsonaro e Donald Trump são responsáveis por legitimar e motivar fascistas.
Em “Quando o populismo potencializa o fascismo”, o historiador e professor radicado nos EUA associa dá “atenção especial” a Bolsonaro.
“É justamente no Brasil, o país governado pelo líder populista que mais se aproxima do fascismo, onde o assassinato e a política do ódio seguem de mãos dados. Ainda que o neonazismo seja praticamente inexistente de forma articulada no Brasil, há casos muito sérios de violência motivada por ódio racial”, escreve.
O ataque à escola de Suzano foi realização de “dois jovens terroristas”.
“Os fascistas já não escondem o racismo e a violência política que definem o fascismo, e em muitos casos vêm com satisfação e apressam apoio a líderes populistas como Donald Trump e Jair Bolsonaro”, prossegue.
“Ainda que o fascismo e populismo proponham coisas muito distintas – a ditadura no primeiro caso e uma democracia autoritária no segundo –, fascistas e populistas compartilham algumas características vitais: a demonização do adversário, apelam a um povo homogêneo e se apresentam como um líder messiânico que sabe tudo e fala pela maioria dos que chama ‘povo’, mas que na realidade está constituída apenas por seus seguidores”.
O fascismo, lembra Finchelstein, acontece em contextos de democracias em crise, debilitadas por referendos e pela corrupção, ou, ainda, quando “eleições se transformam em plebiscitos sobre personalidades messiânicas em que há menos debate de ideias e propostas”.