New York Times: Bolsonaro rejeita milhões do G7 enquanto popularidade despenca

Reportagem de Manuela Andreoni no New York Times.
Horas após os líderes de alguns dos países mais ricos do mundo terem prometido mais de US $ 22 milhões para ajudar a combater os incêndios na Floresta Amazônica, o governo brasileiro rejeitou a oferta com raiva, dizendo aos outros países que cuidassem de seus próprios negócios – apenas para estabelecer possíveis termos pela aceitação da ajuda e, na terça-feira à noite, aceitando alguma ajuda da Grã-Bretanha.
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, expressou sua fúria em uma série de posts no Twitter na segunda-feira, ampliando sua tensão verbal com o presidente Emmanuel Macron, da França, que anunciou o pacote de ajuda na reunião do G7.
Mas no início do dia seguinte, Bolsonaro ofereceu possíveis termos para sua aceitação. Se o Sr. Macron retirou o que ele chamou de insultos e insinuações pessoais de que o Brasil não tem soberania sobre a Amazônia, ele disse, ele iria reconsiderar.
“Ele terá que retirar o que falou e só então poderemos conversar”, disse Bolsonaro.
Para Bolsonaro, que governou como um populista de extrema direita que alimenta o sentimento nacionalista, a repulsa desafiadora da ajuda do G7 foi bem aplicada à sua base. Mas a rejeição total de qualquer ajuda externa também poderia ter minado os esforços da nação para controlar os incêndios, possivelmente corroendo ainda mais a popularidade em queda de Bolsonaro.
(…)
Bolsonaro enfrenta seus próprios problemas em casa, onde a aprovação de seu governo despencou: 39,5% dos brasileiros avaliam como ruim ou péssimo, acima dos 19% em fevereiro, de acordo com uma pesquisa do CNT/MDA, que conduziu a pesquisa entre 22 de agosto e 25 de agosto.
(…)