“Neymar do PCC” foi procurado por Buzeira para cobrar dívida de Lamborghini

O influenciador Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira, preso pela Polícia Federal, teria recorrido a um líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) para resolver um conflito envolvendo uma Lamborghini de R$ 3 milhões, um dos seus carros de luxo. Segundo investigações, o faccionado Michael da Silva, apelidado de “Neymar”, atuaria como “sintonia do resumo” da facção e intermediou a negociação. As mensagens de WhatsApp interceptadas comprovariam a ligação entre eles.
Em maio de 2024, Buzeira pediu ajuda ao líder para cobrar o vendedor do veículo. “Poxa Lukinhas, o cara tá me enrolando mais de um ano já”, disse o influenciador. Neymar respondeu: “Amigo, vamos fazer assim. Amanhã nós vai para cima disso”. Em agosto, o faccionado deu um ultimato: “Vou acordar às 9:00 que vou ver um negócio e já vou atrás dele, se ele não tiver com o dinheiro na mão é prazo”.
Dias depois, com a situação não resolvida, Buzeira afirmou: “Irmão, cansei de esperar. Vamos terminar aquela fita lá”. O desfecho do caso não foi totalmente esclarecido porque Neymar foi preso semanas depois do diálogo.
A investigação concluiu que Buzeira mantinha “relação estável e permanente” com a facção. O contato do influenciador foi encontrado na agenda de Michael com o nome “Bu”, evidenciando vínculo que ia “além da amizade”. A Operação Narco Bet também apurou que Buzeira recebeu R$ 19,7 milhões de um empresário investigado por tráfico internacional de cocaína.