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Nigéria descobre nova variante de coronavírus, mas cientista pede cautela

O professor Christian Happi, diretor do Centro Africano de Excelência para a Genômica das Doenças Infecciosas, responsável pelo sequenciamento genético da variante do Sars-CoV-2, em laboratório de Ede, Nigéria Foto: PIUS UTOMI EKPEI / STR/Reprodução/Jornal Extra

Da AFP.

Uma nova linhagem do coronavírus, distinta das detectadas recentemente na África do Sul e no Reino Unido, foi descoberta na Nigéria, país de maior população da África, com 200 milhões de habitantes. A variante compartilha algumas mutações com a versão britânica, segundo cientistas.

Depois do anúncio discreto, realizado durante a semana pelo Centro Africano de Excelência para a Genômica das Doenças Infecciosas (Acegid), com sede em Ede, sudoeste da Nigéria, o Centro Africano de Controle de Doenças (CDC) — a agência de saúde da União Africana — organizou uma reunião de emergência.

Mas o professor Christian Happi, biólogo molecular que participou no sequenciamento genético da nova variante, recomendou cautela na avaliação da descoberta em uma entrevista à AFP. O Acegid analisou no início do mês 200 mostras do vírus e duas delas, obtidas de pacientes em 3 de agosto e 9 de outubro, apresentam mutações genéticas.

— Não temos ideia nem certeza se esta variante tem relação direta com o aumento de casos na Nigéria atualmente — disse o professor.

O país tinha mais de 82 mil casos registrados no sábado e 1.246 mortes, números relativamente baixos, mas o número de testes realizados no país é insignificante. Apesar do cenário, o número de contágios registra aceleração.

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