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No DF, 11 partidos afirmam em nota que vão à Justiça contra Bolsonaro

DO METRÓPOLES

Onze diretórios de partidos (um, ainda em formação) no Distrito Federal se reuniram em caráter de urgência, por videoconferência, na tarde deste domingo (29/03), e soltaram uma nota conjunta “de repúdio” ao presidente Jair Bolsonaro, após o passeio do chefe do Executivo federal por várias regiões do DF pela manhã. No giro, que passou por Sudoeste, Ceilândia e Taguatinga, Bolsonaro reuniu grupos de pessoas em volta dele – de clientes de comércios a ambulantes –, atraindo série de críticas por não seguir orientação do Ministério da Saúde para que as pessoas evitem proximidade e aglomerações.

No texto, PSB, PT, PSol, PCdoB, Rede Sustentabilidade, Unidade Popular, Consulta Popular, PCB, PRC, PDT e PV afirmam que preparam “medidas judiciais” contra Bolsonaro, com o intuito de “salvaguardar vidas” na cidade.

“O presidente da República insiste em ir na contramão de todas as ações que têm sido tomadas por chefes de Estado de todo o mundo no enfrentamento à pandemia de Covid-19. O DF é, hoje, a terceira Unidade da Federação com o maior registro de casos. Assim, essa apologia ao descumprimento de orientações sanitárias pode fazer com que os números cresçam em nossa cidade e que cheguemos ao completo colapso do sistema de saúde. O discurso criminoso e irresponsável do presidente custará vidas, principalmente dos mais pobres, vulneráveis e moradores das periferias”, assinala o texto.

Mais cedo, ao chegar ao Palácio da Alvorada de volta do giro pela cidade, o presidente falou das críticas que já vinha recebendo por defender o fim da quarentena geral. “Quantas vezes um médico não segue o protocolo? Por que ele não segue? Porque tem que tomar uma decisão naquele momento. Eu mesmo, quando fui operado em Juiz de Fora [após ser esfaqueado], se fosse seguir todos os protocolos, fazer todos os exames, eu tinha morrido. O médico da Santa Casa resolveu e eu fui salvo por causa disso. Se ele tivesse seguido o protocolo, eu estaria morto, para a felicidade de alguns poucos no Brasil, tenho certeza disso. Seria o [Fernando] Haddad [candidato pelo PT] governando no Brasil agora, com aquela turma toda do PT, estaria uma maravilha o Brasil”, ironizou.

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