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No Rio, bicheiro Vinicius Drumond sobrevive a atentado com mais de 30 tiros de fuzil

Porsche de Vinicius Drumond tem marcas de tiros na lateral, inclusive na janela do motorista; bicheiro sofreu tentativa de execução na Barra — Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

Vinicius Drumond, filho do falecido bicheiro Luizinho Drumond, prestou depoimento neste sábado (12) por mais de três horas na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), após sobreviver a um atentado a tiros na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O Porsche Taycan blindado que ele dirigia foi alvejado por mais de 30 disparos de fuzil na véspera. O contraventor sofreu apenas ferimentos leves por estilhaços e não falou com a imprensa ao deixar a delegacia.

Apontado como integrante da chamada “Santíssima Trindade” — grupo que inclui também Rogério Andrade (preso) e Adilson Coutinho, o Adilsinho (foragido) — Vinicius é alvo de investigações por disputas no controle do jogo do bicho e por envolvimento em homicídios. Um dos casos sob apuração é o assassinato de Manuel Agostinho Rodrigues, ex-funcionário da família Drumond, que teria migrado para o lado de Adilsinho e foi executado com mais de 30 tiros em 2024.

A DHC também apura o envolvimento de Vinicius no assassinato de um de seus seguranças e no homicídio do advogado Rodrigo Marinho Crespo. Além disso, ele foi alvo da Operação Ouro Negro, que investigou o furto de petróleo dos dutos da Petrobras. O carro usado no atentado — um Honda HR-V blindado com seteiras para disparos — foi encontrado em Guaratiba, e a polícia acredita que três criminosos participaram da tentativa de execução.

Vinicius herdou do pai pontos do jogo do bicho na região da Leopoldina, que inclui bairros como Penha, Maré e Vigário Geral. No carnaval, já foi vice-presidente da Imperatriz Leopoldinense e, nesta semana, foi anunciado como patrono da escola Em Cima da Hora. A polícia segue investigando se o atentado é resultado de disputas internas no jogo do bicho ou de envolvimento em outros esquemas criminosos.