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No Rio: Cedae engaveta há 10 anos obra que evitaria crise da água

Foto aérea mostra poluição da água em ponto de captação na ETA do Rio Guandu na Baixada Fluminense
Imagem: Divulgação/Comitê Guandu

De Igor Mello no UOL.

A Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), empresa pública responsável pelo saneamento básico do Rio de Janeiro, protela desde 2009 a execução de uma obra emergencial que evitaria a crise no abastecimento do Grande Rio.

O projeto, orçado à época em cerca de R$ 33 milhões, reduziria a chegada de esgoto no lago onde ocorre a captação de água na ETA (Estação de Tratamento de Água) Guandu, localizada no rio de mesmo nome, no limite entre os municípios de Nova Iguaçu e Seropédica, na Baixada Fluminense.

Segundo especialistas ouvidos pelo UOL, a presença de esgoto nos mananciais que abastecem a estação é a principal causa para a proliferação de cianobactérias responsáveis pela liberação da giosmina —substância que deixa gosto e odor terrosos na água. Atualmente, cerca de 9 milhões de pessoas no Rio e em outras sete cidades da região metropolitana consomem a água produzida pela ETA Guandu.

O projeto, chamado oficialmente de “Obras de proteção da tomada d’água da Cedae no Rio Guandu”, foi incluído no Plano Estratégico de Recurso Hídricos das Bacias Hidrográficas dos Rios Guandu, da Guarda e Guandu Mirim, de 2006. Em 2009, foram concluídos os estudos de impacto ambiental para a realização da obra —considerada emergencial àquela altura.

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