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No Uruguai, Roger Waters elogia Mujica, diz que o país é influente e chama Bolsonaro de “neofascista”

 

O cantor e ativista inglês Roger Waters, que foi nomeado visitante ilustre de Montevidéu nessa sexta-feira (2), após uma gloriosa passagem pelo Brasil, se declarou fã do ex-presidente José Mujica e das políticas do Uruguai.

“É maravilhoso estar aqui em Montevidéu porque o Uruguai tem um valor importante para os demais cidadãos do mundo”, declarou ele, que faz seu primeiro show no país neste sábado(3).

O músico e compositor disse que, apesar da pequena população do país, de 3,3 milhões de habitantes, a nação é “enorme em termos de influência”.

“Agradeço a Pepe Mujica, entre outros, por ter tido a inteligência e o coração para sugerir que há outros caminhos”, disse o roqueiro de 75 anos, explicando que a outra via à qual faz referência é “o caminho da comunidade”.

“Todos temos que aprender a atuar como uma comunidade global de humanos”, acrescentou. Deveria ser reduzida a “extremamente feia lacuna” que existe entre os “imensamente ricos e o resto dos seres humanos”.

O Uruguai foi capaz de “rejeitar as políticas neoliberais que se espalharam por quase todo o mundo ocidental”.

Numa palestra em que criticou duramente Israel e pediu a existência de um Estado Palestino, Waters conclamou os cidadãos a “não votar em neofascistas como Bolsonaro e Trump”.

Segundo ele, Israel “não vai parar até eliminar o último palestino da terra histórica da Palestina”.

Roger Waters no Uruguai